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DESTAK, terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015

 

VC FUTSAL veio até Braga, à terra dos arcebispos, ao encontro de uma referência do futsal desta região, tem 31 anos, 1,82m e 72 kg de peso, joga a universal preferencialmente com o seu pé direito, falamos do capitão da equipa do SC Braga/AAUM de seu nome, André Manuel Torres Costa Machado ou apenas André Machado no futsal.

 

VC – André obrigado pela oportunidade, e começo por perguntar-te com que idade tiveste contato com a prática desportiva e em que modalidade?

 

AM - Eu é que agradeço o convite. Em toda a vida só pratiquei uma modalidade, futsal. Comecei aos 15 anos no Grupo Desportivo e Recreativo de São Lázaro (GDRSL), clube que posteriormente deu origem ao SC Braga, e ainda na idade de juvenil comecei a alinhar pelos seniores.

 

VC – Conta-nos um pouco do teu percurso na formação e o quanto foi ela importante para definir o André Machado?

 

AM - Eu fiz a formação toda no mesmo clube GDRSL/SC Braga, que sempre articulei com os estudos. Esta dualidade foi sem dúvida uma mais-valia porque desenvolvi competências no futsal que me foram úteis na formação académica, e vice-versa.

 

VC – Tens uma carreira de vários anos no SC Braga, mas tiveste também passagens pelo Famalicense e Fundação J. Antunes, fala-nos um pouco destes projetos.

 

AM - Eu saí do SC Braga para alinhar na primeira divisão, em 2004. O Famalicense foi a minha primeira experiência no principal escalão da modalidade, ainda que nos mesmos moldes que no Braga, ou seja, não era profissional. Na época seguinte fui para a Fundação Jorge Antunes, onde fui profissional durante meia época. Já tinha terminado a minha formação superior, passei a treinar duas vezes por dia, e a dedicar-me em exclusivo ao futsal. Em 2006/2007 regressei a Braga, e por cá fiquei.

 

VC – E o Braga, que importância tem tido este clube para o desenvolvimento da tua carreira? Consideras-te uma referência do clube que representas?

 

AM - A minha ligação ao SC Braga, entretanto SC Braga/AAUM é mais do que meramente representar um clube. Porque é o clube da minha cidade, e o meu clube. Quando o SC Braga quis acabar com a equipa de futsal foi um grupo de jogadores, os “cinco do Braga”, no qual eu me incluo, que procurámos uma solução para que o projeto continuasse. Foi assim que surgiu a parceria com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Acabo por estar ligado à história do clube, por isso é natural que seja uma referência. São muitos anos no clube.

 

VC – E quanto a outros jogadores do mundo do futsal, quais as tuas referências?

 

AM - Mais do que outros jogadores, e poderia destacar alguns com quem já tive o prazer de jogar, vou referir o Paulo Tavares. É uma referência da modalidade para toda a gente, e para mim em particular, porque foi o treinador que apostou em mim na 1ª divisão, e com quem ainda hoje aprendo muito.

 

VC – O SC Braga/AAUM tem apresentado um crescimento consolidado nas últimas épocas, pensas que é possível termos um Braga a manter estes níveis no futuro, e qual o papel que atribuis ao treinador Paulo Tavares neste processo?

 

AM - Penso que sim porque o projeto está muito bem estruturado para articular juventude com experiência, à qual acresce a vertente universitária, que eu considero muito importante (também já disputei competições universitárias), porque nessa vertente desenvolvem-se competências que são importantes dentro da quadra. O Paulo tem um papel chave, porque é um treinador muito experiente, que conhece bem o jogo, e gosta de ensinar, o que ajuda à rápida evolução dos jovens, que tem dado os frutos que temos visto.

 

VC – Tens 31 anos, mas concerteza ainda terás coisas que gostarias de concretizar no futsal, conta-nos algum sonho que ainda esteja por realizar.

 

AM - Ganhar um título. Uma Taça de Portugal, por exemplo. É o que me falta realizar, e que espero conseguir alcançar.

 

VC – Gostarias de ter uma experiência fora do país ou pensas terminar a tua carreira em Braga?

 

AM - Quero terminar a minha carreira em Braga. Tenho a minha vida estruturada aqui, e já não faz sentido ir para fora.

 

VC – Para terminar lançamos-te o desafio de nos contares uma história curiosa dos anos de futsal que tens e que deixes uma mensagem aos nossos leitores.
 

AM - Um episódio caricato aconteceu na Recopa, em 2006, na Sérvia. Era permitido fumar dentro do Pavilhão, na altura, e quando o árbitro estava a fazer a chamada ainda tinha cigarro na mão, atrás das costas. Ainda bem que isto já não é permitido porque, além de tudo o resto, é um péssimo exemplo para as crianças. E a mensagem que queria deixar aos vossos leitores é no sentido de apoiarem o futsal, e inscreveram as crianças na modalidade. E não quero terminar sem deixar os meus votos de sucesso ao vosso projeto.

 

A VC Futsal agradece a disponibilidade manifestada por este excelente jogador da nossa modalidade. Votos de muitos sucessos pessoais e profissionais.

 

 

Paulo Rosa editor VC Futsal

 

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