

DESTAK INTERNACIONAL, quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2015
VC Futsal veio ao Brasil encurtar distâncias com os nossos irmãos, procuramos hoje um enorme talento na defesa das balizas de futsal, estamos na companhia de um jogador natural de São Paulo, tem 1,86 m. e 80 Kg de peso, falamos de Kléber Grund.
VC – Kléber, muito obrigado por esta receção calorosa, e começamos a nossa entrevista perguntando-te onde iniciaste a tua vida no futsal?
KG - Comecei aos oito anos, num clube próximo da minha casa, e sempre como guarda-redes, e desde então as coisas foram acontecendo naturalmente, posso dizer que futsal e ser guarda- redes sempre foram as minhas grandes paixões, e desde bem pequeno estas paixões corriam nas minha veias.
VC - Em que clubes jogaste e os quais contribuíram para a tua formação como jogador?
KG - Joguei no CA Juventus-SP, onde conquistei quatro títulos e prémios individuais, começou ali a trajetória rumo a um futuro profissional, depois passei por São Paulo FC/Barueri, onde conquistamos mais um título, depois veio a oportunidade de jogar no litoral paulista na equipe da AAPG, onde aprendi muito com o professor Paulo Ramos, e depois tive uma breve passagem pelo SC Corinthians.
VC - E em que circunstâncias se dá a tua saída do Brasil?
KG - Estava a atuar no Palmeiras, onde já havia conquistado dois títulos , ai veio o convite do GD Boticas de Portugal, através do então presidente Paulo, que por intermédio de outro brasileiro, Murilo, conversamos e chegamos a um acordo. Passei uma época no Boticas em 2009/2010, onde ficamos em sexto no campeonato português da primeira divisão e em terceiro da Taça de Portugal, tive a oportunidade de ter sido eleito, o melhor guarda-redes do primeiro turno dessa época, segundo pesquisa do site SCN.
VC - O que pensas do futsal português?
KG - É um futsal extremamente competitivo e com muitos jogadores de qualidade, uma liga de muito bom nível, mas penso que o investimento no desporto e na modalidade futsal deveria ter mais apoio dos governantes de cada localidade, pois o povo português adora o futsal.
VC – Conta-nos então, em que clubes também jogaste em Portugal?
KG - Na temporada 2010/2011, atuando pelo Clube Operário Desportivo, fomos vice-campeões da segunda divisão e conquistamos o inédito acesso à divisão de honra, vivi um momento muito especial pois entrei para a história dessa equipa. E junto com isso veio a amizade com muitos atletas dessa equipa, para além claro de outros jogadores que conhecemos e trabalhamos nesses dois anos em Portugal.
VC - Só jogaste em Portugal nas tuas experiências fora do brasil?
KG - Sim, já tive convites para atuar em outros países, mas por algumas circunstâncias do momento, acabei por não aceitar os convites.
VC – Em que circunstâncias se dá a tua saída de Portugal e que cores representas hoje?
KG - Saí de Portugal por não chegarmos a um acordo financeiro. Hoje estou no Serrana Futsal, do interior de São Paulo, uma das equipes mais fortes do Estado, onde na última época de 2014, conquistamos 5 títulos, campeão da taça EPTV ( TV Globo ), campeão dos Jogos regionais, campeão da copa Record ( Tv Record ), campeão da copa dos campeões da Record ( Tv Record ) e campeão do troféu Piratininga F.P.F.S. tendo também alguns prémios individuais.
VC- Que sonhos ainda tens no futsal?
KG- Costumo viver muito o dia a dia, e com certeza os sonhos existem, de entre eles está o de continuar a conquistar títulos importantes e um dia poder retornar à Europa, numa proposta que seja realmente boa para todos, e gostaria muito que fosse em Portugal, pois adoro essa terra, infelizmente desde a minha volta ao Brasil, já tive quatro convites para retornar a Portugal , mas não chegamos a um acordo bom para ambas as partes.
VC - Tens jogadores referência na tua profissão?
KG - Gosto muito do guarda-redes Thiago da seleção brasileira, além de grande profissional, vencedor ao extremo, é uma pessoa muito humilde. Um exemplo a ser seguido.
VC - Estamos chegar perto do fim, mas desafiava-te a contares uma historia curiosa da tua vida de futsal.
KG - Quando cheguei em Portugal, logo no aeroporto do Porto, assim que encontrei o presidente, começamos a conversar e eu não entendia nada do que ele falava, apesar de falarmos o mesmo idioma (o português), ele falava muito rápido e num tom baixo. Foi complicado no início, eu só dizia "É verdade ", "Sim", mesmo sem entender nada do que ele estava a dizer. Hoje com a convivência que tive com o povo português, consigo entender tudo tranquilamente.
VC - Para concluirmos esta entrevista queres deixar alguma mensagem aos leitores da VC Futsal?
KG - Amigos da VC Futsal, agradeço a oportunidade de poder contar um pouco da minha história vitoriosa no futsal, desejo a vocês ainda mais sucesso nesse trabalho maravilhoso de divulgar a modalidade mais praticada no mundo, o nosso futsal, um grande abraço a todos os amantes do futsal .
VC – Desejamos-te os maiores sucessos a nível pessoal e profissional.
Paulo Rosa editor VC Futsal

