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DESTAK INTERNACIONAL, sexta-feira, 26 de Dezembro de 2014

Hoje viemos à Hungria para visitar e entrevistar um “nuestro hermano”, que já jogou em terras lusitanas, nasceu na Galiza, tem 29 anos, joga preferencialmente com o pé direito na posição de pivot e falamos de Noé Calvo Pardo.

VC – Muito obrigado Noé por nos receberes, e pergunto-te como foi a tua infância e adolescência e em que altura descobres tu o gosto pelo futsal?

NP - Obrigado e agradeço-vos por se terem lembrado de mim. Eu sou de “As Pontes” um povo da Corunha, onde há uma grande tradição de futsal. A minha infância decorreu num bairro que se chama a Fraga, onde jogávamos todo o dia à bola. Fazíamos umas balizas com qualquer coisa. 
Combinei o futebol de 11 com o futsal vários anos, até que percebi que as minhas características eram melhores para o futsal, até porque gostava de ter mais tempo a bola, de pisar a bola e de pensar rápido.

VC – Em Espanha que clubes representaste?
NP – Representei o Fene FS ( Espanha ), o Inter Rias ( Espanha ), o Esteo FS ( Espanha), Cidade de Naron ( Espanha ). 

VC – Chegas a Portugal para jogares no Operário, como foi esta experiência de jogares numa ilha algures no Atlântico?
NP - Foi uma experiência muito boa. Gostei muito da ilha, tenho muitas recordações de lá, e desportivamente tínhamos uma boa equipa, terminamos em sexto no campeonato e jogamos o play-off, conseguimos ganhar o primeiro jogo contra o Modicus, mas depois perdemos os dois em Sandim.

VC – Como se dá a tua passagem para a AD Fundão onde permaneces duas temporadas e pergunto-te se foste feliz nas terras frias beirãs?

NP - O André Nabais e eu, éramos companheiros no Operário, recebemos uma chamada e falamos entre nós e acreditamos que era uma boa oportunidade. Fui muito feliz no Fundão, cresci futebolisticamente, acho que com tantos anos que levo nisto, nunca senti o que senti no Fundão, joguei partidas de verdade, ganhei uma taça e joguei uma final do campeonato. Tenho grandes amigos lá e o que passei lá nunca vou esquecer na minha vida, já que é muito difícil que volte a acontecer.

VC - Atualmente estás a representar o líder da Liga Húngara, o Raba Eto Futsal Club, que objetivos tem o clube para esta época e quais os teus objetivos individuais?

NP - O objetivo é sermos campeões de taça e da liga, este ano começamos a ganhar a supertaça. Infelizmente acabo de ser operado ao joelho e este ano não me está a correr bem, mas vou ultrapassar e voltar muito mais forte.

VC – O facto de haver outros jogadores espanhóis também no Raba Eto, facilitou a tua adaptação ao clube e ao país?

NP - Sim somos quatro jogadores e o treinador também é espanhol, foi meu companheiro como jogador. Eu sou uma pessoa que se adapta rápido às mudanças bruscas, mas este ano tive alguma dificuldade, em parte por causa da língua e da comida, mas agora já estou bem.

VC – Na tua opinião, quais as principais diferenças entre o futsal espanhol , o português e o Húngaro?

NP - A principal diferença é que no futsal espanhol, todas as equipas são profissionais, no português apenas o Sporting e Benfica e também o Braga e o Fundão estão perto. Na Hungria só o Raba Eto e o Beretio. Depois acho que a liga espanhola é a melhor, mas considero também, que Portugal está entre as quatro melhores do mundo. A Hungria está num nível mais baixo tacticamente e em intensidade de jogo.

VC – Muitos de nós tivemos e ainda temos exemplos que nos inspiram nas nossas profissões, sendo a tua profissão a de jogador de futsal quem é a tua referência como jogador e o porquê de ser esse ou esses?

NP - Eu gostava muito do Lenisio, Vinicius e Betão, são jogadores muito fortes com uma grande qualidade individual e tanto oferecem como fazem golos. Quando era mais novo e via o futsal na televisão gostava muito desses jogadores.

VC – Para terminar esta entrevista gostaria que nos contasse uma história curiosa dos anos que já levas de futsal? Será por exemplo que tens alguma alcunha?

NP - Para os meus amigos a minha alcunha e “Metralleta”, porque uma vez num torneio recebi um troféu de melhor marcador, havia marcado muitos golos e o senhor a falar pelo microfone disse ta ta ta ta ta metrallettttaaaaa Noé (risos) e os meus amigos começaram a rir e desde aquela data ficou.

VC – Muito obrigado por esta oportunidade, desejamos-te muitas felicidades a nível pessoal e profissional e aguardamos por ti numa visita a Portugal.

NP - Muito obrigado por esta oportunidade, igualmente e que continues a fazer um tão bom trabalho como até agora. Quero desejar festas felizes a povo português..e quero que saibam que estou muito agradecido à vossa terra. Um abraço grande.

Paulo Rosa editor VC Futsal

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