DESTAK INTERNACIONAL, sexta-feira, 17 de Abril de 2015

 

Viemos a Itália, procurar um jogador nascido na Argentina, mais concretamente em Buenos Aires, no dia 9 de Abril de 1990, joga na posição de fixo e ala, preferencialmente com o seu pé direito, falamos de Joan Manuel Losada, atualmente a jogar nos italianos do ActiveNetwork Viterbo, na cidade de Roma.

 

 

VC – Obrigado desde já pela tua disponibilidade e vamos avançar com a entrevista, tentando ultrapassar as dificuldades que a língua nos impõe, desta forma começo por perguntar-te por onde praticaste a modalidade desde que iniciaste?

 

JL – Comecei a jogar aos 5 anos na escola do Boca Juniors, tinha como treinador Paul Grill. Anos mais tarde passei para o Huracan, depois passei para o Ferro Carril Oeste com a idade de 14 anos e apenas com 16 anos, estreei-me na primeira divisão, promovido pelo técnico Fernando Casals. Aos 18 anos transferi-me para o Manacor Fisiomedia, da segunda divisão de Espanha, tive como companheiros Gréllo, Paulinho e Miguelín. Com 20 anos, voltei à Argentina para jogar o sul-americano de sub-20 pela seleção. Com 21 anos, fui para o Club Atlético Boca Juniors, onde era treinado por Christian Meloni. Com 23 anos, transfiro-me para o Virtus Rutigliano, da segunda divisão italiana, graças a Onofrio Palumbo. No ano seguinte, assinei pelo ActiveNetwork Viterbo, da terceira divisão de Itália, através dos agentes Andrea Graziano Candeloro e Sasso.

 

VC – Que metas pretendes atingir no futsal?

 

JL – Tenho sempre como meta ajudar a equipa onde estou. Hoje a minha mente está no Viterbo e tenho esperança de atingir o play-off este ano. Espero poder continuar a jogar na Europa muitos anos e continuar a viver este desporto tão bonito.

 

VC – Quais os teus jogadores favoritos no mundo?

 

JL - Eu gosto muito de Ipoliti de la Cogianco (Itália), vejo sempre os seus vídeos. Falando do mundo, gosto de Kike Boned e Martin Amas, são jogadores de outro nível.

 

VC – O que conheces do futsal português?

 

JL - Em Portugal vibra-se muito, é um futsal muito técnico, com grande velocidade. De jogadores conheço o Ricardinho, neste momento é o melhor jogador do planeta, não há outro como ele, é perfeito. E conheço o Alan (Alan Brandi) é um grande jogador, e temos a sorte de jogar na Argentina, oxalá nos dê muitas alegrias, como faz no Benfica.

 

VC – Joan o que significou para ti representar a seleção do teu país?

 

JL - Quando joguei o campeonato sul-americano de sub-20, foi sem dúvida, o melhor que vivi, algo que não pode ser explicado em palavras. Representar o meu país lá fora, é algo muito bonito. A seleção principal é um objetivo pendente, na vida cada um escolhe o seu caminho, e eu procuro sempre lugares seguros e sérios. Hoje em Viterbo, estou muito confortável, dão-me tudo, estou feliz com o povo e a cidade.

 

VC – O que pensas do futsal praticado em Itália?

 

JL - O Futsal italiano tem um grande problema, os meninos começam muito tarde a jogar. Numa equipa campeã de Itália, você encontra um mínimo de 5 ou 6 estrangeiros. No Brasil, em Espanha ou Argentina, as crianças começam de pequenas e sem perceber, temos jogadores maduros com idades, que para os italianos são um “aprendiz”. As equipas italianas são forçadas a contratar estrangeiros por esse motivo e para chamar os patrocinadores.

 

VC - Quais são os objetivos do clube e os teus para os próximos tempos?

 

JL – Atualmente os objetivos do clube, são de chegar ao play-off, faltam 3 jogos e somos obrigados a ganhar os 3 jogos. É um último esforço.
Em relação aos meus, até ao final do mês de Abril sou jogador do clube, depois decidirei, mas sinto-me muito confortável aqui em Itália.

 

VC – O que gostarias de fazer após a tua retirada como jogador?

 

JL - Gostaria de ficar ligado à atividade. Formar uma escola e treinar crianças é algo que eu adoraria.

 

VC – Quem é o Joan Losada fora do futsal?

 

JL – Desde que estou a jogar na Europa faço uma vida muito familiar, saio pouco, gosto de ficar em contato com a família e amigos, falamos todos os dias, temos um grupo e rimos muito. Quando estou na Argentina é diferente, estou de férias, saio, vou comer fora, desfrutar dos três meses de férias.

 

VC – Estamos próximos do final da entrevista, peço-te que deixes umas palavras aos adeptos do futsal e aos nossos leitores.

 

JL - Obrigado pela disponibilidade e interesse, acompanho-vos com regularidade, é um site que eu realmente gosto. Esperemos que o futsal continue a crescer, deveria passar a ser uma modalidade olímpica e acho que estamos no caminho certo.

 

 

Paulo Rosa editor VC Futsal