

DESTAK, terça-feira, 28 de Abril de 2015
Encontramo-nos hoje na zona de Leiria, de onde é natural o nosso entrevistado de hoje, jogador muito experiente, com os seus 35 anos já feitos, joga na posição de fixo, preferencialmente com o seu pé direito, e representa atualmente o CCRD Burinhosa, onde assume a função de capitão de equipa, falamos de Rui Flávio Guerreiro Isata Pereira, ou apenas Rui Pereira no futsal.
VC – Obrigado Rui por esta oportunidade concedida para esta entrevista e começo por perguntar-te como foram os teus primeiros chutos na bola?
RP - Os primeiros chutos na bola foram dados na rua e na escola, com os meus amigos. Vindo então a iniciar-me nos Marrazes com 6 anos nas escolinhas do clube. Saindo depois para o União de Leiria onde passei pelos escalões de iniciados, juvenis e um ano de juniores, saindo de lá em 1997. Depois ingressei no Sport Lisboa e Benfica onde estive até 1998, fazendo dois anos de juniores. De seguida fui para o Elvas já como sénior, onde fiz uma temporada de 1998/99, depois para a Bidoeira de 1999/00, depois para a União da Serra onde estive até 2004, isto no futebol de onze.
VC – Em que altura da tua vida aparece o futsal e pela mão de quem?
RP - Jogava no União da Serra quando recebi um convite do Vítor Coelho, mais conhecido por Tó Coelho, para ir fazer a pré-época ao Instituto e acabei por ficar lá durante a época de 2004/05, indo depois para o Amarense de 2005 a 2009, segui para a Académica de 2009/2010 e na Burinhosa onde me encontro desde 2010.
VC – Fala-nos um pouco do tempo que passaste pelo Instituto, dos teus colegas da altura e das experiências que por lá viveste?
RP - No Instituto só joguei um ano, mas foi fundamental e de extrema importância, porque foi o meu ano de iniciação à modalidade e acabando por ter deixado o futebol de onze e tendo enveredado por esta modalidade. Por lá conheci e tive o prazer de jogar com alguns dos melhores jogadores da modalidade na época a nível nacional.
VC – Quatro épocas no Amarense, que projeto foi este?
RP - O projeto Amarense tinha como objetivo a subida a 2ª divisão, tendo esta sido logo cumprida na 1ª época, em que ficamos no 1º lugar e sagramo-nos campeões da série. Foram quatro anos fantásticos.
VC – E a Académica?
RP - O projeto da Académica era a subida à 1ª divisão, não tendo acontecido nesse ano. E o facto de ser pouco utilizado, fez com que eu optasse por sair, ingressando na Burinhosa, de onde tinha recebido um convite e onde o projeto era bastante ambicioso com a vantagem de ser pertíssimo de casa.
VC – O que sentes quando olhas para o panorama nacional do futsal e vês que clubes como o Instituto ou a Académica acabaram por perder o seu merecido espaço na modalidade?
RP - Fico triste quando vejo que esses clubes já não se encontram na modalidade, ainda para mais clubes que representei.
VC – Tens vivido uns anos muito bonitos, junto com toda a equipa da Burinhosa, com subidas de divisão, título da 2ª e um ótimo campeonato este ano na liga Sportzone, qual foi para ti o momento mais alto que viveste neste clube?
RP - O momento mais alto vivido na Burinhosa foi termo-nos sagrado campeões nacionais, na 2ª divisão e também de realçar outro momento fabuloso, que foi a nossa chegada à Burinhosa após virmos dos Açores e além de nos terem ido buscar ao aeroporto, estavam centenas de pessoas em cordão humano para nos receber, foi um momento muito especial.
VC – E o momento mais alto da tua já longa carreira?
RP - Destaco três momentos, ter sido campeão nacional na 2ª divisão pela Burinhosa (futsal), ter sido campeão da série, na 2ª divisão pelo Amarense (futsal) e ter sido estreante com 16 anos como jogador de futebol de onze, a atuar na 1ª divisão, tendo tido esse record durante muitos anos.
VC – Alguma vez sonhaste em representar a seleção nacional?
RP - Não, nunca sonhei representar a selecção nacional, também se calhar por me ter iniciado no futsal já mais tarde.
VC- O que falta ainda concretizar ao Rui Pereira, nesta bonita modalidade?
RP - Com 35 anos já não me falta mais nada por concretizar.
VC – Quem são os jogadores que mais aprecias no meio?
RP - Os jogadores que mais gosto são o Ricardinho, o Divanei e o Falcão.
VC – O que fazes no teu dia-a-dia quando não jogas futsal? E que tipo de hobbies tens?
RP - O meu dia-a-dia é passado a trabalhar durante o dia e treinar 3 vezes por semana e um dia de jogo.
Os meus hobbies passam por jogar playstation, ver séries e filmes, mas tudo isto, em família, com o meu filho e a minha mulher.
Aproveito também para ir ver os jogos do meu filho que com 6 anos já representa o União de Leiria e claro estar ao lado do meu grande, grande pilar, que é a minha mulher, porque sem ela não seria fácil conciliar a minha vida profissional com a desportiva, a Ivone é o meu braço direito e esquerdo.
VC – Deixa-nos uma mensagem a que nos segue.
RP - À VC Futsal desejo todas as felicidades e votos de muito, muito sucesso pelo excelente trabalho a que nos têm habituado.
E para toda a população em geral, amantes da modalidade ou de outras, sejam felizes, divirtam-se e nunca desistem daquilo em que acreditam.
Paulo Rosa editor VC Futsal

